Fonte: Google Pronto! 10 anos de engajamento social, teorias adquiridas de livros e artigos sobre liberdade racial, compartilhamentos e curtidas contra o preconceito social no Facebook, discussões com amigos e parentes sobre direitos dos mais frágeis e tudo isso desaba em questão de segundos. Sim, foi apenas um segundo para a minha reação fisiológica julgar o menino negro que encontrei na rua, cabelo descolorido nas pontas, bermuda, chinelo e fone de ouvido. Levei um enorme susto ao encontrá-lo quase de ímpeto em frente ao meu trabalho. A reação imediata foi voltar, recuar... Eu não soube o que fazer, imaginei mil coisas naquele momento, e nenhuma delas fazia sentido: seria um assalto ou apenas um garoto negro de bicicleta na rua e se ele não fosse negro, não sei... não pensei, não deu tempo pensar nisso. A iminência de uma possível ameaça me deu uma sensação terrível de impotência, de não saber o que fazer naquele momento, de estar ali julgando um desconhecido sem nenhuma pro