Aquarela da vida
A vida estranha como é, se faz cada dia de uma cor, a minha por exemplo, está hoje azul. Não sei exatamente o porquê, mas azul para mim é uma boa definição. Ando com saudades de algumas idas à Ponte Metálica, de umas fotografias da paisagem e de um copo de cerveja com os amigos. Ando com saudades de uns livros que nem li, de um romance que nem criei, ando com saudades de ser menos eu, de correr pelas veredas da Boa Esperança e de rezar novenas no altar da capela de Cristo Rei. Ando com uma saudade tremenda de olhar de novo as torres iluminadas da matriz de Sant'Ana e de cantar o hino com aquela emoção única do mês de julho. Ando com uma imensa vontade de sair a cumprimentar os antigos vizinhos da 25 de janeiro onde morei há um tempo, ando com saudade da missa aos domingos e da praça após a missa. Talvez por que seja julho e julho é o mês nostálgico de todo bom paramotiense. Talvez por que de vez em quando nos bate a saudade das vontades não realizadas ou das experiên