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Mostrando postagens de julho, 2011

Aquarela da vida

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A vida estranha como é, se faz cada dia de uma cor, a minha por exemplo, está hoje azul.  Não sei exatamente o porquê, mas azul para mim é uma boa definição.  Ando com saudades de algumas idas à Ponte Metálica, de umas fotografias da paisagem e de um copo de cerveja com os amigos.  Ando com saudades de uns livros que nem li, de um romance que nem criei, ando com saudades de ser menos eu, de correr pelas veredas da Boa Esperança e de rezar novenas no altar da capela de Cristo Rei.  Ando com uma saudade tremenda de olhar de novo as torres iluminadas da matriz de Sant'Ana e de cantar o hino com aquela emoção única do mês de julho.  Ando com uma imensa vontade de sair a cumprimentar os antigos vizinhos da 25 de janeiro onde morei há um tempo, ando com saudade da missa aos domingos e da praça após a missa.   Talvez por que seja julho e julho é o mês nostálgico de todo bom paramotiense.  Talvez por que de vez em quando nos bate a saudade das vontades não realizadas ou das experiên

Antigas preocupações

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Minha sobrinha Vitória pedalando pela vida Entendo que a vida é um enorme livro com determinadas páginas: algumas escritas, outras em branco. Sendo assim, somos todos meros escritores de um tempo finito, mas sem data certa para acabar, de uma história interessante, mas que não conhecemos o próximo capítulo. De vez em quando nos atrevemos a imaginar os próximos acontecimentos, a sofrer pelas próximas angústias, a sonhar com as futuras glórias, mas a urgência do tempo implacável e veloz nos alerta que é preciso viver o hoje. Ou por lado, nos ressentimos do passado e deixamos que as experiências mais dolorosas voltem a nos machucar, que os sentimentos mais estranhos nos encham de incertezas, que os medos nos escravizem e que a dúvida da sorte prevaleça.  Mas que mania, essa nossa, de evitar a sutileza do agora e se aventurar pelos antes e depois?! Será que podemos não ser homéricos e sofrer menos?!  Particularmente, confesso: é muito difícil, porém não impossível. E nestes tempos

Aprendizagens

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Pessoas muitas, algumas leais, outras efêmeras, algumas alegres, outras nem tanto. De todas elas guardo algo, além da lembrança, mas importante mesmo é que delas aprendi algo. Aprendi que a ganância é a causa da injustiça, que os meus dias podem não ser mágicos, mas as minhas atitudes o tornarão de algum modo. Descobri por exemplo, que um sonho não se realiza apenas por existir dentro de nós e que o esforço da busca, torna-o delicioso. Tive que aprender a não temer a voz alterada da prepotência só por que naquele momento alguém acredita que tem mais razão que você. Descobri numa tarde, o quanto somos essenciais ao mundo, mas o mundo jamais para se nos perdemos de nossas essências. Aprendi que estejamos sorrindo ou chorando, o que importa mesmo é a veracidade do sentimento, seja ele qual for. Por todas as decepções que vivi, apesar de meus verdes anos de vida, aprendi que a família deve ser primordial em suas escolhas, mas nem todos os familiares lhe escolheriam se tivessem tido essa c