Antigas preocupações
Minha sobrinha Vitória pedalando pela vida |
De vez em quando nos atrevemos a imaginar os próximos acontecimentos, a sofrer pelas próximas angústias, a sonhar com as futuras glórias, mas a urgência do tempo implacável e veloz nos alerta que é preciso viver o hoje.
Ou por lado, nos ressentimos do passado e deixamos que as experiências mais dolorosas voltem a nos machucar, que os sentimentos mais estranhos nos encham de incertezas, que os medos nos escravizem e que a dúvida da sorte prevaleça.
Mas que mania, essa nossa, de evitar a sutileza do agora e se aventurar pelos antes e depois?!
Será que podemos não ser homéricos e sofrer menos?!
Particularmente, confesso: é muito difícil, porém não impossível.
E nestes tempos da informação veloz, neste tempo das muitas redes que conectam e isolam as pessoas é ainda mais preocupante a forma como encaramos a vida. Constantemente, estamos sofrendo, ou pela dúvida do amanhã ou pelo machucado de ontem.
Quando a gente era criança era simples: a única preocupação era a escola, se tirássemos nota baixa tínhamos o dever de mudar a cor da nota no boletim.
Andávamos de bicicleta e se caíssemos nossas mães logo chegavam com o famoso Mertiolate e apesar da dor, em menos de uma semana estávamos curados. Que saudade daquela época, em que todos os nossos problemas eram tirar boas notas na escola e andar de bicicleta.
Parabéns, Aurenir, pelo belíssimo texto. Isso me fez recordar meus tempos de menino amarelo, descalço, briguento, que morava as margens de um açude (O Choró Limão),mas gostava por demais das brincadeiras sadias onde podíamos da vazão a toda imaginação e construir nossos próprios brinquedos.
ResponderExcluirPeço que dê uma olhadinha num texto meu que está publicado no Recanto das Letras, nesse endereço:
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/292661