O um vai sempre precisar do dois
Ando bem desconfiada nos últimos dias. Desconfio que a vida tem uma forma estranha de nos apresentar à felicidade; primeiro ela romanceia os conceitos para a gente pensar que é quase impossível encontrá-la, depois ela se disfarça de uma rotina leve de dias e noites seguidas de vivências e convivências com os outros. Sim, por que no eu, no eu sozinho mesmo, duvido muito que haja felicidade; pode haver um certo contentamento em se sentir só por algumas horas, mas a realização está no convívio, na interação. Basta olhar, por exemplo, a empolgação do time com o estádio lotado por sua torcida ou a alegria de um ator ao ver que a plateia está cheia. Por isso, a evidente conclusão: somos seres vitalmente sociáveis. O um vai sempre precisar do dois e, nessa soma, não se calcula a quantidade, mas a relação. Como diz Jobim na bossa nova Wave "...fundamental é ter um amor, é impossível ser feliz sozinho...". Lógico que, em se tratando de amor, as relações se alternam entre fe