Entre letras e reformas

Confissão de início de texto: preciso ser sincera a respeito de compor nestes dias tão incertos para as pessoas de mentes trêmulas como a minha. Não somente pela inconstância da escrita a lápis mas também pelas mudanças ortográficas, tenho evitado visitar as páginas em branco do Word e as folhas pautadas de meu caderno. Mas como até 2012 temos uma "licença errográfica", ou seja, até lá podemos miscigenar os termos , confundir os hífens e atropelar os acentos graves prefiro arriscar-me a ficar longe das letras, enfadonhas e encantadoras letras; de Machado, de Camões, de Mário, de Shakespeare, de Rachel... Para compor as trilhas imusicáveis da vida não precisa-se de violão (até porque não saberia tocá-lo) mas arrisco a escrever minhas líricas impressões. Alguém já me disse que a poesia é minha "praia" mas até para a praia é necessário o sol forte das impressões cronicistas do cotidiano e nelas tenho mergulhado de vez em quando. Para a crônica ou para a poesia é que foram feitas as letras e de letras nem mesmo posso fugir; elas já compoem parte de meu DNA.

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