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Mostrando postagens de março, 2010

Cenários e rotinas

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E a vida corre tranquilamente. Nas sextas e sábados deste fevereiro, a galera do pré-carnaval bota o bloco na rua, aquece os tamborins e invade a noite do Benfica. Animados pela prévia de quatro exaustivos dias de folia, os brincantes se lançam ao som das marchinhas e ao grito do puxador do bloco. Enquanto isso, na TV, as notícias sobre a calamidade do povo haitiano dividem espaço com as chamadas do reality show que anuncia, “agora o prêmio é de um milhão e meio de reais”, disputado a barracos e xingamentos, ao vivo e em cores. Mas ainda mais perto, da minha janela, posso ver um homem revirando o lixo do prédio e catando o alimento desperdiçado: por mim, pelos meus vizinhos e talvez até mesmo por você, caro leitor, que tantas vezes “enfadado” do mesmo cardápio, contribui com a miséria num país cheio de ricos e famintos. O movimento na rua continua, enquanto uns correm apressados para a aula, outros mal disfarçam a pedra enrolada num pequeno papel branco, crianças subnutridas vagam pel

Humanos: graças a Deus

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Uma caminhada no fim de uma tarde de terça me faz experimentar algo, que eu diria muito interessante. Estou eu a caminhar por entre os apressados atletas de praça, na Gentilândia, quando meus pensamentos começam a girar em torno de meus conflitos internos. Inicialmente, penso na técnica do foco, então miro o último ponto da reta de onde caminho e sigo até ele, com passos cada vez mais apressados, mas meu irrelevante-preparo-físico logo me faz reduzir os passos e arejar apenas a mente, já que o corpo é apenas o suporte dela. Então, reduzo a caminhada e me deixo levar pelos meus pensamentos. Aos poucos, contorno a praça, refaço todos os passos anteriores e numa dessas voltas, um rapaz de estilo hippie chama a atenção para a palavra que está escrita em minha camiseta: SABEDORIA. - Legal, esse curso que você faz, né! - Ah, não é curso, é um pedido. Continuo a caminhar e na volta seguinte, novamente o rapaz me aborda, dessa vez me pede para mostrar sua arte. Paro um

Dia da Mulher - Parabéns a todas as mulheres!

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Era uma vez uma princesa linda, elegante, inteligente, independente, moderna: seu maior sonho era morar num castelo luxuosa onde o chuveiro fosse elétrico, existisse microondas para preparar a comida quando chegasse cansada do trabalho, um quarto confortável, cama espaçosa e ar condicionado, cafeteira para providenciar seu café da manhã sem se atrasar para o trabalho. Ah, uma bela carruagem, último modelo da Chevrolet, sem cocheiro para estender a mão quando descesse ou subisse no possante. Que baile, que nada, uma princesa nos tempos da balada, arrasa em qualquer pista de dança, sozinha, sem precisar de um cavalheiro que a conduza pelo salão. Empregados, súditos, lacaios nenhum, a não ser a faxineira que vem uma vez no mês para aquela limpeza geral. Os tempos estão difíceis, ela mesma vai ao supermercado, lava a louça e as roupas tudo naquela moderníssima máquina de lavar, último lançamento. Príncipe?! Não, ficante. Alguém que conheceu naquela festa.... Cujo telefone deve