Ora chuvas!

Que intensa chuva sobre a rua
E de cá, da janela atenta de meu olhar
Observo absortamente a chuva

Chover, cá no meu modo de ver
Não é lá mistério profundo
É a indefinição extraordinária do mundo

Mais incrível do que chover
É ver a chuva sem se molhar
Ou deixar-se encharcar

Riscos e rabiscos passageiros, ou nem tanto
Chuva, chuvisco, “chuvueiro” (como diz minha mãe)

Só ao entregar-se aos pingos é que descubro
Melhor que contemplar a chuva é tornar-se chuva
E deixar-se molhar

Não o corpo
Mas a alma,
A essência.

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