A idade que tenho

Quando a gente faz aniversário tem a oportunidade de escolher novamente a idade que se tem, isso por que não é o tempo de vida que temos que nos faz ser crianças, jovens, adultos ou velhos: a nossa idade é definida pelas escolhas que fazemos, pelas atitudes que não tomamos, pelos riscos que corremos, pela forma como encaramos a lente da vida.


Conheço gente que aos 16 anos é adulto por convicção, outros que aos 40 ainda nem saiu dos 15 e uns que aos 90 ainda se comportam como se o tempo jamais tivesse passado. Por isso, discordo dessa forma de se contar quantos anos de vida temos.


Poderia ser uma forma mais dinâmica, como por exemplo, adicionar aos dias de vida, uma lista das melhores coisas que já se viveu, um desenho desajeitado dos lugares mais bonitos que conheceu, um generoso álbum de fotografias das pessoas mais incríveis e mais simples que conhecemos pela vida afora. 


Assim, não teríamos aquela preocupação em esconder dos amigos a idade ou ao se olhar no espelho lamentar as mudanças que ocorrem no próprio corpo. 
É natural nascer, crescer e ser velho. Infelizmente, a sociedade que construímos definiu que ser velho é estar em desvantagem. 


Na verdade, o que mais importa é que a vida seja vivida em sua plenitude, sem o excesso do "experimentar de tudo" e nem com a covardia do "tenho medo". Que haja razões suficientes para sermos crianças quando a fase for criança, velhos quando a fase for velhos e jovens a vida toda.

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